Rapadura é um doce de origem açoriana ou canária em forma de pequenos tijolos, com sabor e composição semelhantes ao açúcar mascavo. Fabricada em pequenos engenhos de açúcar, surgiu no século XVI como solução para transporte de açúcar em pequenas quantidades para uso individual. No Nordeste brasileiro, a palavra “rapa” equivale ao uso informal do verbo “raspar”, forma de desmanchar os blocos do doce “duro” para consumo ou culinária, que também pode ser quebrado.
É um dos símbolos da cultura nordestina. O criador de conteúdo deste perfil é o caçula cearense com pai também cearense, que já trabalhou na agricultura e engenho de cana, tem 11 irmãos e mãe paraibanos, profundamente marcado pelo jeito de ser desse povo, sobretudo no tocante à fé e humanismo.
Como se diz por aqui: “rapadura é doce, mas não é mole”, lembra a palavra de Deus: “Disse-me: ‘Filho do Homem, ingere este rolo [pergaminho] que te estou dando e sacia-te com ele’. Eu o comi. Na boca parecia-me doce como o mel” (Ez 3,3). Em Apocalipse, o evangelista João passará pela mesma experiência: “Fui, pois, ao Anjo e lhe pedi que me entregasse o livrinho. Então ele me disse: ‘Toma e devora-o; ele te amargará no estômago, mas em tua boca” (Ap 10,9), simbolizando triunfo e sofrimento vividos pelo povo de Deus.
Iluminados pela indicação do Papa Francisco (29 Dez. 2017), para que a teologia fosse uma ciência “genuflexa”, isto é, feita de joelhos, em ambiente de espiritualidade, e partilhada com o povo, procura-se aqui torná-la ainda mais acessível aos fiéis, conforme o Código de Direito Canônico, cânones 208 a 231, sobretudo 229 § 2, onde se lê que os fiéis leigos “têm também o direito de adquirir um conhecimento mais pleno nas ciências sagradas, que se ensinam nas universidades e faculdades eclesiásticas ou nos institutos de ciências religiosas, frequentando as respectivas aulas e alcançando os graus acadêmicos”.
Este humilde projeto intencionar somar positivamente ao compartilhar conhecimentos e reflexões sobre o pensar teológico, dentro de uma linha prioritariamente bíblica, aberta ao diálogo ecumênico e mesmo inter-religioso, dialogando com as demais ciências e saberes, procurando uma linguagem acessível e menos exaustiva.